Private Credit: A Fronteira de Risco que Virou Mainstream

Como o crédito privado, antes inoperável em escala, tornou-se o novo core dos portfólios institucionais com liquidez estruturalmente assimétrica.

ALTERNATIVES

8/1/2025

O que antes era uma alocação marginal virou pilar: o crédito privado saltou de nicho alternativo para protagonista institucional. Com a retração bancária, juros reais positivos e excesso de demanda por financiamento não padronizado, surgiram oportunidades que redesenharam a fronteira de risco e retorno.

Mas com a escala, vieram os desafios: falta de padronização, riscos de originação, pouca visibilidade em secondary markets e estruturas contratuais opacas. Neste post, analisamos como navegar o novo ciclo do private credit sem cair em armadilhas operacionais.

De Alternativo a Estrutural

  • Shadow Banking Expansion: fundos e estruturas off-balance substituem bancos tradicionais.

  • Desintermediação Regulada: regulações favorecem originação direta via plataformas e fundos especializados.

  • Gap de Duration: financiamentos com duration incompatível com liquidez do investidor final.

  • Alta Demanda com Risco Fragmentado: emissores menores, mais pulverizados, com documentação menos robusta.

As Forças que Redesenharam o Setor

Como Gerimos Private Credit de Forma Institucional

Na Mollitiam Alpha, aplicamos quatro camadas de validação:

  1. Pipeline Auditado: due diligence de origem e contrapartes.

  2. Valuation Contínuo: modelos de precificação em tempo real com ajustamento por risco de liquidez.

  3. Contratualização Modular: flexibilidade para renegociação e enforcement.

  4. Stress de Liquidez por Cluster: simulação de venda forçada por setor e estrutura.

Onde Está o Alpha em 2025

  • Fintechs e plataformas com contratos híbridos

  • Infraestrutura regulada com duration travado

  • Créditos de transição energética com garantias reais

  • Recebíveis cross-border com cobertura cambial ativa

Crédito Alternativo com Disciplina Tradicional

O private credit exige leitura multidimensional: legal, setorial, macro, cambial, operacional. Não é apenas uma emissão. É uma estrutura viva de risco.

Na Mollitiam Alpha, tratamos o crédito privado como fronteira de alpha institucional, mas com os mesmos protocolos de disciplina usados em emissões soberanas. Porque é na borda da liquidez que a gestão se prova ou colapsa.