Correlation Breakdown: Por Que os Modelos Estão Falhando Mais em 2025?
Entenda por que as correlações históricas entre ativos estão colapsando e como isso afeta a tomada de decisão institucional.
RESEARCH
8/13/2025


Durante anos, a gestão quantitativa se apoiou em um pressuposto central: as correlações entre ativos tendem a convergir para médias históricas. Esse axioma é a base para modelos de risco, otimização de portfólios e diversificação eficiente. Mas o ciclo atual está rompendo essas premissas com uma força rara.
Desde 2022, assistimos a uma sucessão de choques estruturais: guerra, inflação persistente, quebras de cadeias produtivas, regimes fiscais dominantes, transição energética e polarização política. O resultado é uma nova matriz de correlação entre ativos que muda com muito mais frequência e intensidade do que os modelos tradicionais conseguem capturar.
O Mito da Correlação Estável
Correlation breakdown é o fenômeno em que relações estatísticas historicamente estáveis entre ativos deixam de existir, ou se invertem, sem aviso. Exemplo clássico: a correlação negativa entre treasuries e equities que sustentou a diversificação clássica por três décadas colapsou em 2022 e 2023.
Essas quebras não são meramente estatísticas. Elas indicam que a relação entre os fatores que precificam os ativos mudou estruturalmente. Isso pode vir de mudanças regulatórias, choques exógenos, intervenção política ou simplesmente uma transição de regime macroeconômico.
O Que é Correlation Breakdown?
Por Que Está Acontecendo com Mais Frequência?
Política Monetária Fragmentada: A sincronização entre bancos centrais foi quebrada. Países com regimes fiscais mais agressivos estão tendo que manter juros altos mesmo com atividade fraca.
Fragmentação Geopolítica: A desglobalização criou novos blocos de risco que não se comportam mais de forma coordenada.
Alocação Sistêmica Automatizada: Algoritmos e ETFs replicam as mesmas posições, forçando movimentos simultâneos e amplificando efeitos não previstos.
Ciclos Climáticos e Energia: A transição para energia limpa introduziu variáveis que afetam simultaneamente commodities, industrials, utilities e moedas.
Como a Mollitiam Alpha Lida com Esse Novo Cenário
Adotamos uma abordagem não-linear, baseada em:
Modelos de correlação dinâmica por regime, que mudam os pesos com base na leitura de contexto macro.
Detecção de clusters adaptativos, que substituem classes de ativos fixas por agrupamentos emergentes baseados em comportamento de mercado.
Mapeamento de assimetrias e choques marginais, para identificar onde as relações estão sendo distorcidas e por quê.
Nosso sistema opera como um radar: ele não busca estabilidade. Ele busca mudança estrutural — e antecipa os impactos disso sobre o portfólio.
A Diversificação Agora é Dinâmica
A diversificação eficiente do século XXI não pode ser feita com base em correlações passadas. Ela precisa de um modelo vivo, conectado com o mundo real e sensível às rupturas estruturais que estão em curso.
Na Mollitiam Alpha, acreditamos que a nova gestão quantitativa é contextual. É nela que se constrói o alpha verdadeiro: aquele que sobrevive ao colapso das premissas.